Sopa de plástico do Atlântico dá à costa.
Já todos ouvimos falar nas infames ilhas de plástico do Pacífico.
Estas ilhas também existem no Atlântico. Um grupo de investigadores colheu amostras de água desde o Rio de Janeiro até à Cidade do Cabo na África do Sul e analisou-as. Todas continham vestígios de plástico.
Na realidade, as “ilhas de plástico” são sopa de plástico. São fragmentos de plástico com vários tamanhos, alguns microscópicos, que flutuam pelo mar, poluem e matam todo o tipo de espécies: aves, peixes, golfinhos, baleias,…
O vento e a ondulação fortes do início do ano concentraram uma parte desta sopa de plástico, que normalmente se encontra de forma dispersa pelo oceano, no canto Norte da praia do Baleal em Peniche. Note-se que apenas uma pequena parte do lixo plástico que flutua pelo mar ocasionalmente vem dar à costa. O restante continua a vaguear e a matar por todo o lado consoante os ventos e as marés.
Se observarmos com atenção a areia de qualquer praia portuguesa verificamos que existem sempre pequenos fragmentos de plástico resultado da decomposição lenta de objectos de plástico como por exemplo garrafas, embalagens ou cotonetes que terminaram no mar. Este incidente no Baleal é apenas uma concentração destes fragmentos que torna a gravidade do problema mais visível.
Ironicamente, a indústria pesqueira que depende directamente do mar, é uma principais responsáveis pela enorme quantidade de plástico que polui os oceanos.
Limpar praias é insuficiente
As concentrações de plástico nas praias são frequentes durante o Inverno. Este ano não foi possível repetir a limpeza do ano passado devido a falta de voluntários.
O Presidente da Câmara Municipal de Peniche António José Correia assim que tomou conhecimento da situação assegurou que as operações de limpeza começariam assim que possível. Este esforço e disponibilidade da Câmara Municipal de Peniche é valioso e exemplar. Contudo, inglório.
Os tractores limpa-areia apenas conseguem recolher os fragmentos de plástico maiores e que se encontram depositados à superfície. Os milhões de pequenos fragmentos que se encontram misturados com a areia não são recolhidos.
A solução é reduzirmos o consumo de plástico
A solução passa por todos nós reduzirmos a utilização de plástico no nosso dia-a-dia.
Até mete nojo. Pode não ter todo origem em Portugal, mas serve de constatação de que a raça humana não faz NENHUMA falta a este lindo planeta. É um esforço inglório, não há dúvida. Se conseguirmos retirar do mar 100kg de plástico por dia, cada um de nós, não chega para compensar as toneladas que lá vão parar por dia. Ainda existem povos que fazem dos seus rios caixotes de lixo. Adorava ter vivido há 5000 anos, com água pura e ar puro. Tem de se atacar na fonte: mais ecopontos; mais penalizações aos poluidores; mais incentivos aos cidadãos civilizados.
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Dizem que penalizar, pagar multas, vigiar e policiar ajuda a controlar…pois eu penso que quem pode pagar é normalmente quem mais polui!!por isso…paga e continua…Só uma revolução das mentes!!! Os cientistas para provar qual é a catásfrofe, os economistas para provar que dá lucro!!! e os políticos para fazer com que tudo isto tenha impacto!!!
!!! Há que acreditar que isto pode mudar…um bocadinho!!senão ai de nós:)))
E beijinhos ao Daniel e família completa por serem cidadãos despertos e empenhados no despertar das mentes!!
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