Existe cada vez mais a consciência de que o consumo de plástico tem de ser reduzido para evitar uma catástrofe ambiental.
Contudo, a cadeia de hipermercados Continente continua a “oferecer” sacos de plástico aos seus clientes. Estes sacos não são degradáveis em ambiente aquático e são responsáveis pela morte de diversas espécies como por exemplo golfinhos. Em Peniche, o Continente fica mesmo à frente do mar. Podem imaginar para onde voam directamente muitos dos sacos de plástico “oferecidos” pelo Continente.
Além disso, o Continente passou a vender os seus produtos em embalagens de plástico. Produtos que sempre foram vendidos em embalagens de vidro como café, vinagre ou azeite.
A ilha de plástico que chegou ao extremo Norte da baía do Baleal pode ter vindo de longe mas um dos principais responsáveis pelo problema está bem perto na outra ponta da baía.
Somos vítimas e causadores da poluição do plástico
Mesmo o cidadão com maior consciência ambiental por vezes polui inadvertidamente o ambiente com plástico.
Se abrirmos a porta do carro e uma rajada de vento levar um saco de plástico, se formos dar um passeio e uma garrafa de água cair da mochila, se uma tempestade virar o ecoponto na rua onde separamos os nossos resíduos, não nos sentimos responsáveis por esta poluição.
Mas somos.
Somos responsáveis por termos adquirido materiais poluentes que ficarão a contaminar o ambiente por largos anos.
O plástico substitui os outros materiais por ser barato. Porém, o plástico é um derivado de petróleo e como tal deveria ser caro. O plástico torna-se barato porque é produzido em grandes quantidades, o que permite economias de escala.
O plástico é produzido em grandes quantidades porque nós o consumimos em grandes quantidades.
Quanto mais plástico consumirmos, mais plástico será produzido.
Reduzir o consumo de plástico está nas nossas mãos.
As gerações futuras irão considerar as embalagens descartáveis em plástico como uma actividade tão criminosa como despejar mercúrio num rio.
Se quiser contribuir para reduzir a contaminação do ambiente com plásticos:
- Recuse a oferta de sacos de plástico. Eu costumo dizer: “Não obrigado. É menos um saco no ambiente.”. Muitos empregados ficam com um ar pasmado. Eu gosto de pensar que naquele momento ganharam a consciência dos seus actos. Mas também pode ser que simplesmente estejam surpresos por eu recusar tão generosa oferta;
- Evite comprar produtos em embalagens ou produtos de plástico.
- O vidro não se degrada e por isso não entra na cadeia alimentar dos ecossistemas;
- O papel ou madeira são biodegradáveis.
- Escreva ao Continente mostrando o seu desagrado pela falta de sensibilidade ambiental desta empresa. Por exemplo através da caixa de sugestões, do livro de reclamações ou dos contactos dos site;
Adorei este artigo. Neste país tudo acontece tardiamente: a democracia, a justiça, o combate à corrupção… a reciclagem permanente, consciente e eficiente. Vou à praia e não aguento sair de lá sem apanhar os restos de plásticos das mais variadas origens. Sei que estou a apanhar 0,000000000000001 por cento de todo o plástico que fica no mar, na natureza, mas faço-o. Tenho um colega que deita plástico para o lixo normal, eu depois vou lá remexer e tiro o plástico para um saco que vai para o plasticão/embalão. Vamos pressionar o Continente, malta! Abraço
Olá, sou uma pessoa de ação. Proponho criar uma carta de reclamação “modelo” para este tema e divulgá-la nas redes sociais. Tenho a certeza que conseguiríamos pelo menos algumas centenas de queixas entregues. Para além disso pode ser criada uma petição online. Bora?
Embora Ana! O texto deste artigo já serve para escrever grande parte desta carta “modelo”.
Eu já enviei uma queixa ao Continente.
Mensagem enviada ao Continente:
“Assunto: Reclamação Hipermercado Continente
Mensagem:
Existe cada vez mais a consciência de que o consumo de plástico tem de ser reduzido para evitar uma catástrofe ambiental.
Contudo, a cadeia de hipermercados Continente continua a “oferecer” sacos de plástico aos seus clientes. Estes sacos não são degradáveis em ambiente aquático e são responsáveis pela morte de diversas espécies como por exemplo golfinhos. ~
Em Peniche, o Continente fica mesmo à frente do mar. Podem imaginar para onde voam directamente muitos dos sacos de plástico “oferecidos” pelo Continente. Além disso, o Continente passou a vender os seus produtos em embalagens de plástico.
Produtos que sempre foram vendidos em embalagens de vidro como o café, o vinagre ou o azeite. Peço que reconsiderem a vossa postura ambiental.
Despeço-me com os melhores cumprimentos.
/Daniel Gomes
Hipermercados Continente prejudicam o ambiente passando os seus produtos para embalagens de plástico.
https://tararecuperavel.org/2014/01/20/hipermercados-continente-prejudicam-o-ambiente-passando-os-seus-produtos-para-embalagens-de-plastico/“
Resposta do Continente:
“Exmo. Senhor Daniel Gomes,
Agradecemos o envio da sua sugestão pois contribuirá para que, a cada dia, os nossos hipermercados em geral possam melhorar o seu desempenho ambiental, quer no que toca aos sacos plásticos, quer no que toca a embalagens.
Não queremos no entanto deixar de a informar que os Hipermercados Continente têm, desde há muito, assumido uma posição de liderança do sector no que se refere à proteção do Ambiente, nas suas diversas vertentes.
– Reduzindo a espessura dos sacos sempre que os desenvolvimentos tecnológicos o permitiram;
– Alertando o Consumidor para a sua reciclabilidade e incentivando a sua colocação em Ecopontos;
– Disponibilizando sacos Reutilizáveis – inicialmente os chamados Sacos Verdes e, mais recentemente, um novo saco, mais resistente, alternativo ao primeiro;
– Lançando os sacos com as “cores da reciclagem” que incentivavam os Consumidores à sua reutilização para a reciclagem dos diferentes materiais (vidro, plástico e metais, papel/cartão);
– Finalmente, tão logo a tecnologia o permitiu, lançando os sacos Oxo-Biodegradáveis, compatíveis com qualquer sistema de tratamento de resíduos sólidos urbanos (reciclagem, valorização energética, confinamento em aterro ou valorização orgânica com produção de Composto) e totalmente degradáveis em cerca de 1 ano se deixados expostos às forças da natureza.
Não obstante o exposto é para nós também muito importante a redução do número de sacos utilizados, dentro de limites aceitáveis.
Colocamo-nos à disposição de V. Exa. para prestar qualquer esclarecimento adicional e apresentamos os nossos respeitosos cumprimentos.
Ana Almeida
Direção de Marketing”
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