Quando cada um de nós pode ser um agente activo na mudança!
O projecto “Portugal não é um Cinzeiro”, submetido no Orçamento Participativo Portugal com um âmbito de intervenção a nível nacional, pretende realizar uma campanha de sensibilização e educação ambiental com enfoque nas consequências da colocação indevida das pontas de cigarros no ambiente. No entanto, a sua implementação depende da votação dos cidadãos, a qual decorre até Setembro de 2018.
Se há momentos em que juntos podemos fazer acontecer, este é um deles! Vai votar nesta ideia?
Um voto seu, um pequeno gesto que pode fazer a diferença!
Esta ideia é apresentada em 2 pontos fundamentais: 1) a Percepção do Problema e 2) Quatro Pilares de Actuação para prevenir e resolver o problema como, em resumo, descrevemos de seguida . Para o conhecer em mais detalhe consulte o projecto.
1) Perceber o Problema
Atirar a beata ao chão é um problema de dimensão e impacto mundial. E porque é um problema ambiental?
As beatas são altamente nocivas para o ambiente por duas grandes razões:
1. O filtro do cigarro é feito de acetato de celulose, um tipo de plástico que pode perdurar no ambiente por tempo indeterminado.
Existem estudos que concluem que, em média, e mesmo sob condições de grande exposição aos elementos, só 38% das beatas é que perdem alguma massa ao fim de dois anos.

Decomposição das beatas (Fonte: Cigarette Butt Decomposition and Associated Chemical Changes Assessed by 13C CPMAS NMR).
2. Estudos comprovam que a beata liberta químicos altamente tóxicos (ex: arsénico), poluindo a água e prejudicando a fauna marinha.
Em Portugal, este problema atinge proporções alarmantes.
No nosso país vendem-se cerca de 11 biliões de cigarros por ano (Fonte: Autoridade Tributária, 2017), distribuídos por 140 Grossistas de Tabaco, vendidos por cerca de 42.000 Pontos de Venda (Fonte: The European Tobacco Sector, 2012) e que são consumidos por cerca de 1.590.000 fumadores (Fonte: Marktest 2016 e Pordata).
Estamos portanto, perante um problema ambiental altamente nocivo para o ambiente, de grandes dimensões e que se agrava todos os dias….
A sensibilização dos fumadores portugueses para este problema é baixa e o impacto ambiental foi agravado com a implementação da Lei do Tabaco de 2007. A proibição do fumo em espaço fechados, para proteger (e bem) os não fumadores à exposição involuntária ao fumo, não foi acompanhada, por um lado, de uma campanha de educação e sensibilização, por outro, de uma distribuição massiva de cinzeiros em locais de grande fluxo de pessoas.
Sendo estas as duas principais razões enumeradas pelos fumadores para atirarem o cigarro para o chão (Fonte: Estudo Keep America Beatiful), é nelas que este projeto se propõe focar.
2) Quatro Pilares de Actuação
É tão importante combater já o problema, como prevenir o problema no futuro!
Este projecto apresenta 4 medidas fundamentais:
- desenvolvimento de uma campanha de educação e sensibilização para os efeitos nocivos dos cigarros no ambiente;
- implementação de uma rede pública de cinzeiros nos principais centros urbanos, em locais de grande fluxo de pessoas (ex: terminais de transportes públicos) e principais locais de diversão noturna;
- distribuição de folhetos com informação sobre os impactos negativos das pontas de cigarros, e de cinzeiros portáteis em Tabacarias;constituição de equipas de jovens voluntários para limpeza nos principais focos de consumo;
- desenvolvimento de cinzeiros por escolas do ensino básico para colocação em HORECAS (Hóteis, Restaurantes e Cafés).
Envolva-se votando e partilhando, e acredite:
O que fazemos hoje ecoará nas gerações futuras e no mundo que deixamos para elas viverem! Que a razão das nossas acções, hoje, seja também pelas nossas crianças. E que a menina do vídeo que se segue possa inspirar a nós adultos à acção!
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Temos centenas de cinzeiros espalhados pelas ruas – cada papeleira tem uma pequena placa metálica que serve para apagar o cigarro; depois, a beata pode ser deitada na papeleira. Não precisamos de mais mobiliário urbano a constituir obstáculos nas ruas. A acção de sensibilização e a fiscalização, sim, são necessárias (como em muitas outras áreas…)
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