Muita gente vai à praia, muita gente gosta da praia, muita gente vive da praia.
Pouca gente cuida da praia.
Este fim de semana vai à praia e presta atenção. Como se a visses pela primeira vez.
Vais ver “as garrafas d’óleo boiando vazias nas ondas da manhã” (a poluição é tão comum que até achamos normal que conste numa canção de amor).
Vais ver centenas, milhares, milhões de pedacinhos coloridos na areia. Não são conchas, não são algas e provavelmente nunca tinhas reparado neles.
São plástico.
Toneladas de pedacinhos de plástico que vagueiam pelos mares e que por vezes dão à costa.
Já foram garrafas, já foram outras coisas, mas ao longo das centenas de anos que vão demorar a decompor-se na natureza, vão-se transformando nesta sopa de plástico que flutua, vagueia, polui, mata.
Se passar pela praia uma abençoada máquina de limpar areia, repara que esta não consegue apanhar estes pedacinhos pequenos de plástico. Eles vão ficando na areia. Para sempre.
Por isso, não é preciso gastares dinheiro a ir ao Pacífico para ver a famosa ilha do plástico. Ela está mesmo aqui à nossa porta.
A pergunta é o que é que vais fazer acerca disto?
Pingback: Artur, o Menino que começa a apanhar Beatas na Praia – História baseada em Factos Reais | TaraRecuperavel.org: para reduzir a poluição causada pelas garrafas e latas